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Mulheres têm mais dificuldade em largar o cigarro

"AS MULHERES TÊM MAIS DIFICULDADE EM LARGAR O CIGARRO".

 

As mulheres, ao contrário dos homens, têm mais dificuldade em largar o vício do cigarro. Isso acontece, segundo o pneumonologista Luiz Carlos Corrêa da Silva, coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia, em decorrência de fatores hormonais, psicológicos e sociais. Segundo a última pesquisa da Vigitel 2013, do Ministério da Saúde, o número de ex-fumantes no país é maior entre os homens (26,0%) do que entre as mulheres(18,6%).

”A depressão é mais comum no sexo feminino, e a nicotina tem efeito antidepressivo, pois dá sensação de relaxamento, de bem-estar. Então, quando a mulher começa a tentar deixar o cigarro, ela pode passar por períodos de instabilidade gerados pela falta da substância no organismo. Portanto, ela tende a ter mais recaídas por causa da ansiedade. Tem também o vício psicológico,  porque ela pode ficar mais ansiosa e descontar na comida, o que leva ao aumento de peso. Entretanto, com orientação médica e atividade física é possível reverter esse quadro”, explica.

Pesquisa recente feita pelo Centro de Referência e Tratamento do Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) de São Paulo constatou que apesar de elas serem maioria entre os que buscam tratamento para abandonar o vício, as mulheres  têm mais dificuldade do que os homens em manter-se abstêmias. O levantamento foi feito com 500 pacientes que buscaram ajuda médica no Cratod. Do total, 63% eram mulheres. Por outro lado, enquanto 47% dos pacientes do sexo masculino já haviam conseguido ficar longos períodos sem fumar (mais de um ano), entre elas, essa taxa recuou para 34%.

O Hospital A.C. Camargo de São Paulo também fez um estudo do gênero com 6 mil pacientes que buscaram apoio para abandonar o vício. Segundo o levantamento, as mulheres tendem a usar o cigarro para diminuir sintomas de ansiedade e depressão, ao contrário dos homens, que na grande maioria das vezes fumam por prazer. Com isso, na hora de deixar o vício, uma série de fatores psicológicos entra em jogo.

A questão hormonal, principalmente para aquelas que estão entrando na menopausa, também interfere. O cigarro antecipa a menopausa, e nesse período, ainda de acordo com o especialista, o organismo da mulher sofre algumas alterações, como ondas de calor, suores noturnos, autoestima baixa e depressão, fatores que facilitam o apelo ao vício. Com o fim do ciclo reprodutivo, o corpo deixa de produzir estrógeno, o hormônio sexual feminino. Como a substância protege ossos e artérias, sobretudo, a falta de estrógeno deixa a mulher mais suscetível a doenças do coração.

“Além da questão da menopausa, é de extrema importância alertar as mulheres, principalmente as mais jovens, sobre o uso de cigarros e anticoncepcional. O uso dessas duas substâncias aumenta em 30 vezes o risco de trombose venosa profunda, que afeta os membros inferiores, gerando trombos que podem se desprender, cair na corrente sanguínea e ir para os pulmões, para o cérebro e outras regiões, causando derrame, por exemplo”, alerta o pneumologista.

Fonte: drauziovarella.com.br

 

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